"O voto consciente": a "gestação" de um texto colaborativo
(A imagem vem do texto Trabalho colaborativo na/em rede - que vale muito a pena ser lido!)
Participando, colaborando, reconhecendo e sendo reconhecida pelos seus pares, a pessoa que atua intensamente na comunidade virtual sente seu poder, desenvolve suas potencialidades comunicacionais, libera seus talentos. (...) Aprende a conviver com o grupo, a colaborar e respeitar as pessoas, a falar e a ouvir (ainda que ambos ocorram em intercâmbios escritos), a superar conflitos, expor opiniões, trabalhar com pessoas que não conhece presencialmente, mas com as quais se identifica no plano dos interesses e ideias (Vani Kenski).
Essa citação está no TCC
que apresentei no curso de Especialização Tecnologias em Educação
(PUC-Rio/MEC), em dezembro de 2012. E a ideia da aprendizagem
colaborativa online é não só o projeto desse TCC, mas o que tenho
perseguido desde 2009, pois (de novo o TCC)
Vai que, em 2011, li sobre o trabalho da professora Juliana Seabra Laudares, no Jornal do Professor, quando, na edição 58, algumas atividades que desenvolvemos com os alunos foram notícia.acredito que “aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos" (Moran); ou seja, se o futuro professor desenvolve a autoria em um blog, por exemplo, ou participa de uma lista de discussão em que troca idéias com outros professores, refletindo sobre as práticas, poderá transformar essas experiências em ações com seus (futuros) alunos.
E a web me entusiasma pelos encontros que possibilita...
Mas Rolim de Moura, em Rondônia, entrou no meu mapa, quando ela puxou conversa sobre o Cultura Jovem – o jornal do Elisa que acabava de sair do forno, no grupo Blogs Educativos.
Desde então, nosso contato é frequente e estamos iniciando, juntamente com alunos do Elisa e do Aluízio,
um trabalho colaborativo mediado pela web (a Suany Neves, aluna do
ensino médio - curso normal, escreveu um texto muito bom: Elisa, no RS e Aluízio, em RO: altas conexões).
Já vivenciamos algumas situações concretas de interação: o grupo Cultura
Jovem – jornal do Elisa, no Facebook, um encontro sincrônico entre os
alunos, usando msn e webcam e, mais recentemente, o texto O voto consciente – editorial da quarta edição do CJ.
A ideia de escrevermos colaborativamente veio da professora Juliana, no grupo do Facebook, e abri o arquivo assim:
Ainda não é o texto, apenas um convite, uma explicação:O texto foi iniciado pela Juliana:
A profe Juliana, de Rolim de Moura (RO), deu a ideia de fazermos um textos colaborativo, aqui no grupo mesmo, com o tema "voto consciente".
Ela e eu (Suely) começamos e todos que desejarem contribuem...
Depois, esse texto vai para um jornal de Rolim de Moura e para um jornal de Uruguaiana...
O que acham? Vamos expressar nossas ideias e fazer valer nosso desejo de interação!!!
Acho que não tem muitas regras para a escrita... só devemos cuidar para não "fugir" do tema proposto e para não "apagar" o que foi dito por outra pessoa...
Então, mãos à obra!
Algumas contribuições depois, feitas pelo pessoal do Aluízio - a professora Daniela Almenara e a aluna do Hannah Keyty e por mim (pois é, o povo do Elisa ficou tímido, não participou deste texto... quem sabe dos próximos...), achamos que o texto estava pronto.Em época de eleição, muito se fala sobre a importância do voto consciente, será que as pessoas votam desta forma?Além de todas as propagandas e promessas vãs o que podemos esperar dos políticos que aí estão? Será que devemos apenas esperar? (...)
A primeira publicação está no Editorial da edição número quatro do Cultura Jovem.
Essas são minhas primeiras experiências de produção coletiva, feitas a
partir de um projeto que envolve duas escolas que só se encontraram por
causa das ferramentas que web oferece!
São alunos e professores que acreditam que é muito importante sairmos da posição cômoda de "espectadores" para sermos autores!
Há dificuldades? Sim.
Numa avaliação um pouco apressada, talvez, ser autor, fora das redes
sociais voltadas para o entretenimento, ainda, intimida alunos e
professores.
Digo isso, pois somos poucos, muito poucos, os que participamos de forma
efetiva quando se propõem projetos que implicam autoria.
Por quê? Ouço que o tempo é o maior adversário - fazemos tantas coisas,
temos tantas aulas, que não conseguimos sentar para escrever.
Será, apenas, isso?
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